quarta-feira, 4 de novembro de 2009

JOVEM MORTO EM JEQUIÉ


O crescimento desenfreado do envolvimento de crianças e adolescentes, com o tráfico de drogas continua ocasionando mortes prematuras. Alan Santana Velasques, completaria 18 anos no dia 10 de abril do próximo ano. Morava com os avós maternos na rua Itagi nº 353, no bairro da Caixa D’Água. Morreu atingido por disparos feitos por policiais militares, quando saia de dentro de um bueiro de água pluviais, localizado nos fundos dos escombros de uma casa na Rua Landulfo Caribé nº 60, no Loteamento Sol Nascente. O adolescente acusado do envolvimento com o tráfico de drogas, foi perseguido desde a casa onde morava e permaneceu por cerca de três horas escondido no buraco. A família que admite o rapaz ter sido cooptado pelo tráfico, está desesperada “eles acabaram com a vida da gente, Alan não estava armado, tinha nas mãos apenas um aparelho celular que pertencia a namorada”, diz inconformada a tia Arlene Silva Santana. Os militares justificam a ação, sob alegação de que a vítima controlava o tráfico na área e que estaria participando de roubos de carros e motos. A avó do rapaz, Maria de Lourdes Silva Santana, é funcionária do setor administrativo da Uesb, ela acusa um PM de pré nome Salatiel, como mentor da caçada ao seu neto “ele sempre se referia a Alan dizendo que o mandaria para o inferno quando completasse maioridade”, segundo ela, na noite da morte do seu neto, esse policial em companhia de outros colegas invadiu a sua casa à sua procura, ele saltou o muro, escondeu-se na casa de um vizinho e posteriormente fugiu para o Loteamento Sol Nascente, buscando o apoio do avô que trabalha no barracão do canteiro da empresa que realiza obras da pavimentação no bairro. Foi perseguido e os policiais negociaram a sua saída do bueiro por quase três horas, inclusive contando com pedidos da namorada, de pessoas da família e de um amigo. Inconsoláveis os familiares afirmam que quando ele decidiu sair do buraco e se entregar foi recebido com os disparos mortais. Os familiares de Alan, dizem que fizeram apelos ao Grupamento de Bombeiros, às policiais civil e militar para que intercedessem que ele fosse morto pelos “boinas pretas”, mas em nenhum desses órgãos encontrou apoio

Nenhum comentário:

Postar um comentário